Volta por cima
Depois de sofrer cirurgia, Wladimir Luiz
Maciel passou a praticar exercícios físicos
Bibiana Meneghini Dihl
Alimentação balanceada e exercícios
físicos são condições necessárias a uma vida saudável. Quem não pratica isso no
dia-a-dia pode ter problemas cardíacos e outras doenças. Wladimir Luiz Maciel,
administrador de empresas de 53 anos, tem uma história de recuperação e de
superação através do exercício físico, depois de ter sofrido de uma doença
cardíaca. Wladimir costumava praticar exercícios físicos de maneira
não-regular. Às vezes, fazia natação, corrida, ficava longos tempos parado e
voltava à ativa. A partir de maio de 2007, porém, ele ficou três anos em
inatividade total.
Em função do emprego, o
administrador viaja toda a semana e, em uma das viagens, em maio de 2010,
sofreu um mal-estar. “Depois de vários exames, foi diagnosticado que eu estava
com uma obstrução de quase 80% na artéria coronária principal, dificultando o
fluxo sanguíneo para o coração”, conta. O problema foi causado por stress,
sedentarismo e alimentação inadequada, além da genética. A solução foi a
cirurgia de revascularização miocárdica, a popular Ponte Safena. “Nesta
ocasião, eu pesava 78 kg”, revela.
Em julho de 2012, foi realizada a
cirurgia e, no período de recuperação, de cerca de um mês, Wladimir teve que
mudar radicalmente sua alimentação e caminhar regularmente, de três a quatro
vezes por semana – isto tudo, prescrito pelo cardiologista e acompanhado por
profissionais da academia e por uma nutricionista. “Após um certo período, a
prescrição progredia para exercícios de musculação moderada”, acrescenta.
Porém, de obrigação, o exercício
físico começou a se tornar lazer. “Comecei a gostar das caminhadas e evolui
para pequenos trotes intercalados”, conta. “Continuei treinando regularmente e
me alimentando adequadamente, quando minha filha fez o convite para
participarmos da Summer Night Run, corrida noturna de 5km em Capão da Canoa”,
lembra. Esta primeira corrida ocorreu em fevereiro de 2011. “De lá pra cá, não
parei mais, sempre treinando de três a cinco vezes por semana”, diz Wladimir,
que, dentre outras mudanças, substituiu as gorduras por frutas e legumes. Dos
5km percorridos, ele evoluiu para 8km, 10km, 16km, até chegar aos 17,5km,
completados em agosto deste ano, em uma corrida da Praia do Rosa, em Santa
Catarina. “Completei 34 corridas até hoje, e estarei completando a 35ª corrida
na Play Night Run, do dia 18 [de novembro], e
não pretendo parar mais”, revela Wladimir. Se ele pretende correr meia maratona?
“Está por ocorrer em breve, mas sem pressa”, diz. E maratona? “Quem sabe um
dia”, sonha. “Já são mais de quase 2000km percorridos, marcados no GPS”,
acrescenta.
A doença realmente mudou a vida de
Wladimir – mas para a melhor. “Hoje peso 66kg, e o exercício fez com que meus
exames cardiológicos atuais sejam de uma pessoa normal – e não de um cardiopata”,
diz. Ele alerta que não se deve achar que, por uma intervenção cirúrgica, os
exercícios podem ser deixados de lado. “Pelo contrário, eles só beneficiam o
organismo e a mente” diz, não deixando de alertar que as atividades físicas
devem ter acompanhamento médico. Hoje Wladimir treina de três a cinco vezes por
semana, com acompanhamento de seu treinador Rafael Costa às segundas-feiras,
quando faz reforço muscular ao livre, intercalado com corridas leves. Nos
outros dias, ele acompanha a planilha de treinos semanal, chegando a correr
30km por semana. “Como viajo profissionalmente toda a semana, sempre levo os
apetrechos de corrida e corro com uso de frequencímetro/relógio com GPS”.
Agora, Wladimir aguarda pela corrida
Play Night Run, que ocorre em Gravataí no dia 18 de novembro. Ele diz que toda
prova gera grande expectativa e é mais uma oportunidade – de aprimoramento da
condição física, de evolução e de convívio com pessoas que têm o mesmo
propósito. Ele também ressalta que a corrida é da própria cidade em que vive:
“Só por isto, deve ser prestigiada por todos que gostam do esporte”.
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